A SOCIEDADE E A EDUCAÇÃO
Cada sociedade, considerada em momento determinado de seu desenvolvimento, possui um sistema de educação que se impõe aos indivíduos de modo geralmente irresistível...
Há, pois, a cada momento um tipo regulador de educação do qual não pode separar sem vivas resistências que restringem as velocidades dos dissidentes.
Ora, temos algumas pistas importantes. Não há uma educação universal, boa em si. Ela é uma forma irresistível, imposta sobre os outros para cumprir fins determinados de fora. Se não podemos nos libertar totalmente do seu poder, o conhecimento dele pode atenuar seus efeitos. Se cada sociedade considerada em determinado momento histórico do seu desenvolvimento, impõe um tipo de educação, é necessário que conheçamos esta sociedade e seu momento histórico se queremos desnudar o seu sistema de educação. Especialmente quando é preciso reverter o processo em que se está mergulhado. Portanto, conhecer o tipo de sociedade existente no Brasil de hoje e as condições históricas de seu desenvolvimento, bem como analisar as forças sociais que dominam a sua estrutura de poder e os objetivos subjacentes às diversas políticas econômicas, sociais e culturais impostas pelos grupos dominantes, é fundamental para que possamos conhecer as razões da miséria da educação neste país. Misérias de um lado, para aqueles que se vêem aleijados da educação como instrumento de sua ascensão social, política e cultural. Mas por outro lado, um bem grandemente valioso para aqueles que crescem em poder e graça, em função do aumento da marginalidade dos miseráveis. Mas aqui nos assalta uma dúvida. Se a escola é instrumento de manipulação com a finalidade de cumprir exigências postas pelos donos do poder, que papel e importância têm ela para as classes não participantes deste poder? Pode ela ser instrumento de ação política dessas classes?
Cada sociedade, considerada em momento determinado de seu desenvolvimento, possui um sistema de educação que se impõe aos indivíduos de modo geralmente irresistível...
Há, pois, a cada momento um tipo regulador de educação do qual não pode separar sem vivas resistências que restringem as velocidades dos dissidentes.
Ora, temos algumas pistas importantes. Não há uma educação universal, boa em si. Ela é uma forma irresistível, imposta sobre os outros para cumprir fins determinados de fora. Se não podemos nos libertar totalmente do seu poder, o conhecimento dele pode atenuar seus efeitos. Se cada sociedade considerada em determinado momento histórico do seu desenvolvimento, impõe um tipo de educação, é necessário que conheçamos esta sociedade e seu momento histórico se queremos desnudar o seu sistema de educação. Especialmente quando é preciso reverter o processo em que se está mergulhado. Portanto, conhecer o tipo de sociedade existente no Brasil de hoje e as condições históricas de seu desenvolvimento, bem como analisar as forças sociais que dominam a sua estrutura de poder e os objetivos subjacentes às diversas políticas econômicas, sociais e culturais impostas pelos grupos dominantes, é fundamental para que possamos conhecer as razões da miséria da educação neste país. Misérias de um lado, para aqueles que se vêem aleijados da educação como instrumento de sua ascensão social, política e cultural. Mas por outro lado, um bem grandemente valioso para aqueles que crescem em poder e graça, em função do aumento da marginalidade dos miseráveis. Mas aqui nos assalta uma dúvida. Se a escola é instrumento de manipulação com a finalidade de cumprir exigências postas pelos donos do poder, que papel e importância têm ela para as classes não participantes deste poder? Pode ela ser instrumento de ação política dessas classes?